A crise instaurada pelo avanço do COVID-19 em todo o mundo certamente criou um cenário incomum e imprevisível no que tange a operação dos negócios e suas cadeias de suprimentos.
Além dos impactos cotidianos que estamos presenciando – distanciamento social, quarentena, certos tipos de comércios fechados – o futuro em curto e médio prazo não parece tão promissor em um panorama mundial, sendo que o FMI acredita em uma recessão global mais acentuada do que a causada pela crise financeira de 2008.
Entretanto, nem tudo são trevas. Alguns negócios como supermercados, por exemplo, apresentam um considerável crescimento em suas vendas, estimulado pelo acúmulo de suprimentos que os habitantes estão realizando para se preparar frente a um cenário de maior reclusão, caso ocorra.
Além dos supermercados, um outro conceito que está em bom momento mesmo com essa pandemia é o Marketing Digital.
Com as cidades em quarentena, e seus habitantes passando mais tempo dentro de casa, muitas pessoas veem esse momento como uma boa hora para aprender algo novo ou se atualizar perante seu mercado, e com isso a busca por cursos online cresce.
Uma das formas que os anunciantes utilizam para divulgar suas ofertas de cursos e produtos são as redes sociais, e como maior rede social atualmente, o Facebook tem imensa participação na operação destes modelos de negócio.
Quando falamos em anúncios no Facebook, estamos falando de toda a rede composta por Facebook, Instagram e Whatsapp. Só nestas três plataformas estamos falando em quase 3 bilhões de usuários, algo próximo de 40% da população mundial.
Logicamente, por ser uma rede com tanto alcance e poder de penetração, a competição nos leilões (meio em que se decide qual anúncio é exibido ao usuário) é alta e isso aumenta o custo médio para que você tenha seu anúncio exibido.
Entretanto, com este cenário de atual retração econômica em diversos nichos físicos, muitas marcas e empresas cessaram suas campanhas nas redes sociais, ou ao menos diminuíram o gasto com seus anúncios, o que reflete em menor competição, logo menor custo para eixbição dos anúncios.
Segundo a Statista, um dos indicadores referente ao custo para se anunciar no Facebook, o CPC (Custo por Clique), caiu em 50% para o mercado norte-americano, de dezembro de 2019 até março de 2020. O CPC indica quanto custa para que o anunciante receba um clique em seu anúncio.
Em dezembro de 2019 o CPC médio do mercado norte-americano estava em U$ 0,64, e agora em março de 2020, o valor médio analisado foi de U$ 0,32, como podemos ver no gráfico abaixo:
© Statista 2020
Tal redução no custo para anunciar na rede Facebook facilita e muito a vida de pequenos empreendedores digitais, que possuem um orçamento limitado frente às grandes marcas, e que agora podem utilizar de todo o poder de alcance e segmentação do Facebook por metade do que gastavam em dezembro.
A tendência é que o mercado digital permaneça em alta durante a crise, principalmente o e-commerce, visto que os consumidores estão evitando sair de suas residências, porém precisam (ou desejam) comprar bens e produtos como sempre.