A economia no Brasil e no mundo vem sendo afetada pela pandemia causada pela Covid-19. E como essa nova situação impacta os hábitos dos consumidores?
Comentamos em nosso último post sobre como a COVID-19, nome dado à doença causada pelo novo coronavírus, está impactando o e-commerce global, e vimos como alguns nichos (mantimentos e higiene) estão com alta demanda, principalmente no e-commerce.
Mas e no Brasil?
Agora que mais e mais cidades estão vivendo a chamada “quarentena”, e a recomendação para as pessoas ficarem em casa e trabalharem a partir de seus domicílios – se possível – aumentou, como fica o e-commerce nacional?
É isso que veremos agora!
A NZN Intelligence, que é a plataforma de inteligência e pesquisa da NZN, levantou alguns dados sobre o comportamento de compra dos brasileiros neste cenário de incerteza. Através de uma pesquisa online com mais de 1.7 mil participantes, 49% dos brasileiros consideram reavaliar seus gastos, e 71% afirmam que passarão a comprar mais pela internet.
Os dados apontam que, entre os serviços que deixam de ser priorizados pela população e envolvem interação com um grande número de pessoas, está o transporte público (53%) em quarta opção, atrás de grandes eventos (82%), shoppings e cinemas (69%) e viagens (68%). Esses dados corroboram com uma das principais recomendações do Ministério da Saúde: evitar aglomerações com mais de 500 pessoas.
Oportunidade à vista?
80% dos participantes afirmam que produtos de higiene, seguidos por alimentos e bebidas (72%) e medicamentos (63%) serão os principais gastos durante esta pandemia.
Em relação ao comportamento em um possível período de isolamento, 46% dos entrevistados afirmam considerar a possibilidade de contratar novos serviços de streaming e 40% cogitam se inscrever em cursos online.
A maioria dos participantes citados acima tem entre 18 e 34 anos de idade, indicando que boa parcela da população planeja se desenvolver durante este período de “menor atividade”, o que representa oportunidades para o mercado da educação a distância, o e-learning.
Quais são as prioridades agora?
Para 35% dos participantes, contratar planos de saúde agora por conta dessa pandemia não é uma das maiores prioridades, entretanto 24% cogitam fortemente contratar tal serviço.
Esse é um dado relevante, tendo em vista a preocupação das autoridades no que tange à capacidade de suporte do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os participantes que não têm a intenção de contratar atendimento de saúde particular está a população com renda de até 1,5 salário mínimo.
Apesar de alguma parte da população duvidar da consciência do brasileiro em relação aos impactos do COVID-19 no país, 69% dos participantes acreditam que a chegada do vírus mudará seus hábitos cotidianos, como trabalho e estudo.
Então, no cenário atual, o e-commerce se tornou mais atrativo – tanto para os consumidores quanto para empreendedores – por se tornar a principal forma de compra de produtos dos mais diversos nichos, nestes momentos de quarentena e distanciamento social.