Dos cerca de 450 mil sites de e-commerce no Brasil, 30% se encontra desativada e não ultrapassou os três meses de vida, revela pesquisa realizada pela Big Data Corp. Entre os principais motivos desta alta taxa de mortalidade é o índice quase nulo de visitas aos sites. Se ninguém passa pela loja não há como vender, portanto gerar tráfego é fundamental para a sobrevivência de um e-commerce e é tão importante quanto ter os produtos em estoque.
Atualmente, a melhor forma de gerar tráfego, seja para um e-commerce ou não, é através do Google. O site é o mais utilizado pelos brasileiros para buscar referências na internet, concentrando mais de 90% das pesquisas. Estar bem posicionado no resultados das buscas do Google aumenta a visibilidade e possibilita que parte desses interessados sejam direcionados para a loja.
O Google não é apenas um gerador de tráfego, é um gerador de tráfego qualificado. Quem chegou a um site de turismo através de uma pesquisa sobre um roteiro de viagem, por exemplo, estuda fazer a viagem ou mesmo pretende comprar as passagens, fazer reserva no hotel ou adquirir um pacote turístico. Visitantes provenientes do Google, portanto, são clientes em potencial. Segundo a 1ª Pesquisa Nacional de Varejo Online realizada pelo e-Commerce Brasil e Sebrae, os visitantes provenientes do Google respondem por 77% das conversões de venda do comércio eletrônico.
Há duas formas de posicionar um site nas buscas do Google. Uma é por meio da publicidade (Adwords, displays, etc.). É uma forma rápida, mas exige investimento que pode ser elevado de acordo com o segmento de mercado e concorrência e será tema um futuro guia.
A outra maneira é posicionar o site nas buscas naturais ou orgânicas, o que é conhecido como otimização ou SEO. Não requer verba de propaganda mas necessita adequar o site à diversas características técnicas e regras que Google estabelece para determinar que posição um determinado site deve aparecer em suas pesquisas.
Estima-se que existam cerca de 200 regras (algoritmos) que não são especificadas claramente e cada regra possui “pesos” específicos que variam constantemente. O Google faz isso para evitar manipulações e impedir que sites se perpetuem nos resultados. Por isso é cada vez mais difícil encontrar empresas que permaneçam por muito tempo nas mesmas posições, oscilando até mesmo ao longo do dia.
Costumo comparar o SEO a uma corrida em que a direção da prova muda as regras sem avisar os pilotos, fornecendo apenas algumas “pistas” das alterações de acordo com o andamento da competição. Quem entende e se adapta mais rápido tende a ficar na frente. O investimento em SEO, portanto, envolve tempo e conhecimento técnico para a realização dos ajustes.
