ERP Cloud ou On-Premise: qual escolha fazer?

 

Na busca de modernizar de sua gestão, boa parte das empresas, cedo ou tarde, passa pelo processo de selecionar um sistema de gestão eficaz e de bom custo-benefício, que atenda às suas necessidades. No mercado brasileiro atuam diversos fornecedores, nacionais e multinacionais, e em meio à tantas informações que se deve avaliar, uma das principais é definir se o sistema deverá ser em Nuvem (denominado Software-as-a-Service) ou Local (também conhecido como On-Premise).

O mercado de SaaS ganhou força nos últimos anos, principalmente devido às grandes vantagens que esse formato apresenta. Na situação atual da economia, o elevado nível de competitividade entre as empresas faz com que elas sofram cada vez mais pressão para redução de custos e aumento de margens, mas nunca podem abrir mão da qualidade dos serviços. Sendo assim, os gestores precisam avaliar cuidadosamente o TCO (Total Cost of Ownership) para tomar a decidir corretamente na hora de adquirir, descontinuar ou atualizar um sistema ERP, levando em conta as soluções mais modernas disponibilizadas pelos players.

O TCO, ou “Custo Total de Propriedade”, é um cálculo que une todos os gastos diretos e indiretos ligados à aquisição de uma solução de TI, considerando todo o seu ciclo de vida. Companhias que estão atentas às mudanças constantes que impactam seu TCO e que adotam novas tecnologias, conseguem se manter competitivas.

Para entender as diferenças fundamentais entre as duas soluções, deve-se ter uma visão que vai além das assinaturas e do licenciamento. Trabalhando com modelo SaaS, reduz-se consideravelmente a alocação de recursos, já que o fornecedor assume todo o trabalho de hospedagem e manutenção do software, e garante a segurança dos dados, eliminando assim boa parte dos custos com TI. Por outro lado, soluções On-Premise necessitam de uma infraestrutura – servidores e bancos de dados – para sustentar o software e garantir a proteção das informações. Numa eventual falha do sistema devido à problemas de hardware por exemplo, os gestores terão um enorme problema. Em TI, a imprevisibilidade dos problemas torna complicada a tarefa de calcular com precisão a necessidade de investimento para manter um sistema em constante trabalho, o que faz crescer consideravelmente o seu TCO. É importante ainda que se saiba diferenciar uma solução realmente construída em Nuvem de uma solução On-Premise “hosteada”. Muitos fornecedores oferecem soluções SaaS que na verdade se tratam apenas uma solução On-Premise hospedada em algum Host, e que demandam praticamente os mesmos investimentos e esforços de uma solução totalmente local.

Em função dessas diferentes necessidades de investimento, os sistemas ERP On-Premise são geralmente considerados como despesa de capital (CAPEX), ou seja, um grande investimento. Sistemas de gestão SaaS, por outro lado, são normalmente considerados como despesa operacional (OPEX), que significa um custo adicional à organização (por exemplo: custos de manutenção; custo de mão de obra; despesas com as instalações, etc).

Outro parâmetro importante a se analisar é o ciclo de atualizações dos sistemas. Ao adquirir um software On-Premise, a empresa provavelmente terá o trabalho de substituir ou atualizar o software, em um prazo de cinco anos, e isso implica em um custo semelhante ao do investimento inicial. No modelo SaaS, nāo há necessidade de compra de uma nova versão quando a anterior está ultrapassada e as difíceis atualizações, além da aquisição de licenças únicas. Um estudo realizado pela consultoria Hurwitz & Associates aponta que Custo Total de Propriedade das aplicações baseadas em SaaS é até 77% menor do que as tradicionais soluções on-premise. Ainda segundo ele, modelo SaaS oferece implementação mais rápida, redução de riscos, maior produtividade e flexibilidade para as empresas.

É muito comum que a segurança seja a principal preocupação quando se está analisando a aquisição de uma solução baseada em SaaS, já que as informações a serem armazenadas são estratégicas e cruciais para os negócios da empresas. Em uma pesquisa do The Global State of Information Security Survey (GSISS), 69% dos empresários afirmaram ter intenção recorrer aos serviços de segurança virtual baseados em nuvem. Isso mostra que apesar de ainda existir alguma resistência, boa parte das empresas estāo mais flexível nesse ponto, visto que fornecedores de nuvem de grande porte necessitam seguir normas rigorosas para manter os dados seguros.

Dados recentes revelam que a maioria das empresas já percebeu as vantagens do modelo SaaS, o que impulsiona o processo de migração nas empresas que desenvolvem software local para o software em nuvem. Segundo o relatório da consultoria IDC, atualmente, 80% das organizações adotam recursos em nuvem e apenas 8% não têm interesse nesse modelo. Isso demonstra que o SaaS se encontra em um momento de boa maturidade no mercado. Ainda segundo a IDC, 54% das médias e grandes empresas brasileiras estão planejando projetos de transformação digital ao longo de 2016, o que resulta no crescimento dos investimentos em soluções em nuvem.

Conclusão:

Existem diversas opções de sistemas quando se trata de escolher um novo sistema de ERP, mas atualmente os modelos de soluções baseados em nuvem tornaram-se o tipo de software mais acessível. Sistemas ERP locais até oferecerem algumas vantagens na personalização e controle, mas são demasiadamente mais caros se comparados à opções em Nuvem, e possuem um custo de manutenção que torna o TCO alto e muitas vezes fora do orçamento. É importante ressaltar que as empresas desenvolvedoras de sistemas On-Premise estão em um processo de migração para o modelo SaaS, o que nos mostra qual será a direção que será seguida num futuro próximo.

 

 

Fonte: https://goo.gl/tC2JVe