Cuidados para presentear com eletrônicos neste Natal

 

Hoje a maioria dos produtos eletrônicos comercializados no país precisam ser certificados quanto à segurança, visando evitar possíveis riscos aos usuários. O mesmo ocorre em relação às baterias de celulares.

No entanto, há diversos produtos bastante comuns nas listas de presentes de Natal que não dependem da certificação para entrarem no mercado. É o caso de tablets e computadores, por exemplo. Diferentemente dos celulares, estes equipamentos não precisam que suas baterias passem por testes para chegar ao consumidor. Esta preocupação é redobrada quando se trata de brinquedos importados clandestinamente.

Conheça aqui mais alguns produtos que oferecem risco em potencial e previna-se contra possíveis transtornos ao presentear amigos e familiares nas festas de fim de ano:

Hand Spinners – São a nova moda ao redor do mundo. Neste ano chegaram à 18ª posição entre os 20 brinquedos mais vendidos nas Amazon.com. Enquanto todo spinner apresenta um risco de sufocamento para crianças em razão das peças pequenas, os gadgets movidos a bateria também podem apresentar perigo de incêndio no momento em que são carregados. A Comissão de Segurança de Produtos para Consumidores (CPSC na sigla em inglês) criou, com isso, uma série de recomendações para fabricantes e usuários.

“O fogo causado, mesmo por uma pequena bateria de lítio pode se alastrar de forma rápida e imprevisível”, diz Jose Antonio de Souza Junior, Gerente de Operações da UL do Brasil, empresa especializada em certificações de produtos e segurança.

Hoverboards – Esta espécie de skate elétrico com duas rodas começou a ser vendido sem certificação nos EUA, onde rapidamente se tornou uma febre.

Depois de diversos acidentes com usuários, foi lançada a primeira norma para testar e avaliar esses produtos. Essa norma foi lançada pela UL a pedido do governo americano, a fim de entender porque a bateria de lítio tinha tamanha propensão a pegar fogo, muitas vezes gerando acidentes sérios.

“A certificação UL indica que consumidores podem adquirir o produto com tranquilidade, sabendo que seu sistema elétrico foi devidamente certificado e atende aos requisitos de proteção contra fogo”, explica Jeff Smidt, Vice-Presidente e Gerente Geral da Divisão de Energy and Power Technologies da UL.

No Brasil, por enquanto não há nenhuma legislação específica para certificação deste tipo de produto. Porém, se for um item importando dos EUA e tiver o selo holográfico da UL, significa que este produto passou pelo rigoroso processo de certificação da empresa.

Celulares e carregadores – A maioria dos acidentes com celulares ocorre quando há aquecimento excessivo da bateria ou pressão mecânica sobre sua área externa. “O risco é causado não apenas pelo fogo, que se propaga de uma célula para toda a bateria e em alguns casos pode gerar explosões, mas também pela projeção de partes incandescentes”, aponta Jose Antonio de Souza Junior.

Para evitar esses problemas, foram definidas normas rígidas pela UL nos Estados Unidos sobre composição da bateria (avaliação dos materiais), morfologia e propriedades químicas/físicas fundamentais. Assim, para receberem a marca de conformidade norte americana, as baterias passam por diversos ensaios, entre eles de reação a altas temperaturas, reação física a incêndios (se vai ou não explodir) e impacto. No Brasil, as baterias destinadas a telefones celulares também devem passar por testes para serem certificadas e homologadas pela Resolução 481/2007 da Anatel, portanto quem quiser presentear com um aparelho vendido legalmente pode ficar mais tranquilo.

Quem ganhar o aparelho, no entanto, deve estar atento ao carregador. Em geral, os que são vendidos com o aparelho são certificados e homologados pela Anatel no Brasil. O problema acontece quando por ventura o consumidor perde o original, ou ele estraga por algum motivo, e apela-se para o pirata.

“Há hoje tecnologia suficiente para realizar ensaios e simular situações que evitem fatalidades. A questão é que nem sempre carregadores certificados chegam ao consumidor, o que pode causar até acidentes fatais no pior dos casos e no melhor, danificar o aparelho”, explica Jose Antonio de Souza Junior.

Fonte: https://goo.gl/ntR9k5